Durante a minha formação em Ginástica Holística em Paris (1989-1990) utilizaram-se tubos rígidos de papelão sobre o qual se deitava apoiando-se toda a coluna. A partir dessa posição se realizavam movimentos de flexibilização e força, sem qualquer estresse para o eixo raquidiano. Esses tubos eram originalmente empregados para enrolar peças de carpetes e forração. Tentei achar alguma coisa equivalente no Brasil, mas nem todo cliente se adaptava a um apoio tão rígido.
Em meados dos anos 90 ganhei de uma colega fisioterapeuta uma revista francesa – Résonances Européennes du Rachis Janeiro de 1994 n. 2
Ali encontrei um artigo interessantíssimo sob o título de Prevenção de dores raquidianas.
O autor, J. Teyssier apresentava um “aparelho” denominado Kineform. Era simplesmente um cilindro de 1m de comprimento e 16 cm de diâmetro, recoberto por uma camada de material deformável elástico e pesava 2,4Kg.
Apresentava uma meia dúzia de ideias sobre como utilizar o rolo para, segundo ele, obter-se reeducação proprioceptiva e reprogramação neuromotora da coluna vertebral.
Importar o material estava fora de questão. Então tive a ideia de tentar algumas soluções artesanais locais. Com a ajuda de um tapeceiro fiz alguns experimentos e finamente cheguei à seguinte receita:
– Comprar 1m de tubo de PVC branco marca Tigre. Não se trata de propaganda paga. Para baratear custos tentei outras marcas que se quebraram rapidamente. Tigre não quebra. Isso se encontra em qualquer casa de material de construção.
– Levar a um tapeceiro e pedir para que recubra o tubo com uma manta de espuma de densidade 28 de 3cm de espessura (pode ser 4 para um rolo mais fofo) e que forre com um tecido impermeável.
O trabalho sobre o rolo revelou-se poderoso coadjuvante no preparo para as posturas de alongamento em cadeia. Passei a utilizá-lo sempre nas sessões de Fisioterapia Estática (após massagem do tecido conjuntivo e antes dos alongamentos segmentares ou em cadeia) ou no inicio das sessões de Movimento Integral (Ver UTILIZAÇÃO DO ROLO PARA COLUNA)